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A Moqueca

A  Moqueca

A moqueca pra ser boa
Há de ser de camarão;
Os temperos que ela leva
São pimenta com limão.

A moqueca pra ser boa
Há de levar bem dendê;
Nos beicinhos de iaiá
Há de queimar e doê.

Segundo Sílvio Romero, em Cantos Populares do Brasil, 1985, p.197 (editora Itatiaia), esta é A Moqueca, de autoria desconhecida, mas coletada lá pelo Sergipe.

Convenhamos, o autor até que soube transformar mil imagens em umas poucas palavras, não? ^_^

p.s. “doê”, no caso, é “doer”.

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UPDATED – Momento R do Dia – Machado de Assis, FHC e Sette-Câmara

Confesso: desta vez eu não trabalhei no código original do autor, utilizado para gerar esta figura:

O que o autor fez? Ele viu, em um texto, a frequência das letras do alfabeto em palavras (onde, em uma palavra, a letra se localiza). Observando o código dele, vi que a ordem das letras é a mesma cá e acolá. Então, repliquei, realmente, de forma acrítica e não acho que o que vem a seguir tenha algum valor científico mais sério. O que me interessou mesmo foi o exercício, importando os dados direto do arquivo html. Assim, seguem os meus exercícios para estes dois links:

http://machado.mec.gov.br/images/stories/html/romance/marm01.htm

e

http://www.machadodeassis.ufsc.br/obras/romances/ROMANCE,%20Memorias%20Postumas%20de%20Bras%20Cubas,%201880.htm

machadao1 machadao2

Interessante?

UPDATE: Mais duas figuras. Uma do discurso de posse de FHC em 1995 e outra do Pedro Sette-Câmara na Nabuco, só para tirar uma dúvida sobre o algoritmo:

fhc_discurso

pedrosette

Curiosamente, a única letra que parece mudar um pouco de Machado de Assis para cá é a “W”. Não sei se é o algoritmo ou se há algo aqui. De qualquer forma, a brincadeira começou. ^_^

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Dinesh D’Souza

Eu não gostei do título em português deste vídeo porque ele presume que o estudante é “desmascarado”. Acho que houve uma discussão bem honesta e o estudante perdeu. Simples assim.

Dito isto, Dinesh manda muito bem. Gostei. Muito melhor que os jovens libertários brasileiros. Por que? Há um debate. Não há tentativa de dizer que o estudante está errado porque “não leu o livro sagrado do Mises” (o argumento de que “você é burro porque leu Keynes e não abriu o baú mágico dos livros sagrados que só alguns leram” que pode ser interessante para arregimentar seguidores por implicação indireta e sutil, mas é muito desonesto). Não há, por parte do Dinesh, xingamentos.

A retórica é boa, mas não apenas em si. Dinesh leu e pesquisou. Não faz apenas bem a parte da retórica, mas você percebe que ele leu. De fato, isto é verdade (pesquise um pouco na Amazon sobre ele). No Brasil, só conheci um palestrante com capacidade similar mas ele, infelizmente, saiu do país e faz doutorado no Reino Unido agora.

p.s. O Leo Monasterio não curtiu o Dinesh D’Souza, mas sem mais referências que eu possa colocar aqui, não dá para comentar muito. Fica para o espaço dos comentários.

p.s.2. Os comentários do Leo realmente deixaram-me com um olhar menos otimista quanto à capacidade do Dinesh…