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Comentários estranhos

Veja como é a vida, leitor. Você explica o que é um grupo de interesse, um problema de custo social que envolve gays e alguns desinformados mal-educados aparecem aqui. Veja este: 

Autor : Fulano(a) enfezadinho
MAS QUE ABSURSO, PORQUE,SOMENTE OS GAYS SÃO DESINFORMADOS?? SE EXISTEM TANTOS OUTROS TIPOS DE MANIFESTAÇÃO NA AVENIDA PAULISTA? ACHO QUE O DESINFORMADO É VOCÊ . TALVEZ SEJA UMA NOVA FORMA DE HOMOFOBIA…MAS EU NÃO SEI COMO AINDA PUBLICAM TAL IDIOTICE .

É engraçado não? Usar um exemplo que envolve gays em uma aula de economia transforma o sujeito num homofóbico. Claro que a maneira de entender o texto passa por xingar o autor e não pela leitura dos conceitos econômicos básicos. Note, leitor, no texto original, como trato os gays como exemplo para uma aula simples de bens públicos. Já o fulaninho mal educado nem sequer entendeu o texto e já saiu por aí acusando os outros de homofobia. Pelo texto é fácil ver a dificuldade do fulano(a) em lidar com críticas e mesmo em entender o que é um blog. Com o tempo, possivelmente, aprenderá.

Eis outra aula de economia para vocês, leitores deste blog. Um blog não é um bem público. Tem dono. O dono pode ser homofóbico ou não. Pode gostar de cães ou não. Pode divulgar sua tese criacionista ou não. E as pessoas podem vir, ler e comentar. Mas a falta de educação será punida com a não-publicação do comentário. Isto aqui não é mural para pessoas que não sabem sequer por onde passa o ponto central da discussão. O fulano(a) acima é só um exemplo do nível dos leitores que este blog dispensa com a maior alegria. Junto com os leitores normais deste blog, eu digo: “Vá cuspir seu ódio contra as diferenças em outro lugar, fulano(a)”!

p.s. ah sim, recebi um comentário interessante outro dia, sobre uma sugestão de monografia minha, mas o colega trabalha para uma empresa que vende o seguinte serviço: monografias. Ou seja, é possível que muito aluno compre monografias do colega para apresentar como sua na faculdade. Infelizmente, neste caso, não posso publicar o comentário. Não é questão de falta de educação, mas não faço propaganda gratuita deste tipo.

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WordPress instável

Ou melhor, a rede aqui, hoje, está estranhíssima. Se uso o IE 7.0, nem entro na rede. Se uso o Firefox, entro em quase tudo, menos no WordPress (não sei se tem relação com a tal decisão judicial secreta que a blogosfera vem citando nos últimos dia). De qualquer forma, estou aqui. Consegui entrar.

Rapidamente: as notícias hoje continuam estranhíssimas. Juízes podem ignorar a lógica tecnológica e atrapalhar a infra-estrutura da internet brasileira (em sua versão WordPress). Mas uma coisa eles não conseguem impedir: as loucuras dos políticos.

Caso seu comentário demore a ser analisado, não se preocupe: é isto mesmo.

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Grandes momentos do pensamento pterodoxo

Uma coisa que realmente faz a gente pensar se Santos Dumont inventou ou não o avião são estes discursos: “fulano de tal é um gênio porque, no livro iv do tomo iii, disse que “x” causa “y” e, no livro ix do tomo xix, disse que “y” causa “x””.

É algo mais ou menos assim: o cara que escreve milhares de centenas de bilhares de páginas sobre um mesmo tema, com alguma pretensão megalomaníaca, inevitavelmente cometerá um erro. É uma questão de nenhum de nós ser infalível.

Outro papo estranho é o do economista-espantalho. Funciona assim: “como sabemos, Marshall mudou o mundo com o conceito de economias externas. Juntando isto com Sraffa e seus devaneios de escala, os insights de Keynes sobre o princípio da demanda e sobre o impacto dos juros sobre a moeda, a genialidade de Kalecki ao ver que juros não afetam a demanda e um pouco de matemática, pode-se montar um modelo alternativo que, obviamente, é muito superior ao modelo mainstream.

Não é difícil entender os problemas das misturas pensadas superficialmente. É igual a beber água com vinagre, sal e leite de cabra. Não dá, né?

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A insustentável (exceto para alguns) ignorância do ser – Humor para rebater a intranet/infernet

Etanol, sociólogos-consultores-da-ONU e sua vida.

Enquanto você ri das bobagens que a megaburocracia global, a ONU, deixa escapar, que tal rir um pouco de títulos de manchetes que parecem saídas de uma operação da Polícia Federal (ou do BOPE)? Jornalistas estão cada vez mais violentos em seus títulos de matérias de economia. E olha que eles são diplomados…

Voltando à ONU, será que o governo brasileiro não quer tomar medidas que agradem o nosso amigo Ban-Ki-Moon para conseguir uma cadeirinha no Conselho de Segurança? Ou aquela fissura quase erótica pelo cargo supostamente importante deu lugar a alguns shows ao vivo na América Latina com estrelas do porte de Morales, Chávez e Castro?

p.s. não vale dizer que não vende a mãe por um cargo destes. A administração da Silva já se aliou a Quércia, Maluf (em SP), Aécio (em MG) e critica o partido rival que, aliás, já se aliou a gente do mesmo naipe em SP ou em MG.

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Você, blogueiro, que não conhece o Brasil…

Eis aí 99% da crítica infantil da esquerda infante (anaeróbica) brasileira aos blogueiros que, pasmem, prezam pela diversidade das idéias. Normalmente parte-se de uma estranha presunção de que o sujeito, que, entre uma viagem a Búzios e outra, parou na estrada e conheceu um pescador tem mais conhecimento da “realidade” brasileira do que você. Deve ter faltado a algumas aulas de metodologia científica na faculdade, claro.

Este texto, descoberto pelo meu amigo Cristiano Costa, mostra bem como é a mentalidade de caras como estes. Aliás, um texto brilhante.

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A economia política da repressão aos “flanelinhas”

Oficialmente, os profissionais habilitados pela prefeitura só poderiam cobrar dos proprietários pela limpeza dos veículos. Qualquer outro serviço que prestassem, como a guarda, só poderia ser remunerado com uma gratificação. O proprietário, por sua vez, teria direito à vaga e à segurança mediante o pagamento pelo uso do espaço durante um certo tempo.

Tal não acontece, no entanto, e por isso as autoridades do trânsito e policial estão fechando o cerco em cima dos “flanelinhas” irregulares. Em apenas um dia, vários foram presos. A cidade não tem idéia de quantos são (os habilitados são 1.650).

Por causa de sua atividade, o município perde receita e proprietários de veículos, de uma forma ou de outra, são extorquidos.

Eis o link. Sem dúvida, uma notícia interessante. Mais ainda porque a prefeitura nunca divulgou um único número (ou nunca demonstrou preocupação sobre o tema) até agora. Há dois problemas aqui: o oportunismo político e a falta de interesse no combate das causas da informalidade (por exemplo, a carga tributária, que, aliás, bateu recorde no novo mundo sem a CPMF).

Ao final, alguns pensam agir de forma natural, outros o fazem de caso pensado e, quando vem a ação do estado policial, acaba a festa. A pergunta interessante, para mim, é: que mudança(s) de parâmetro(s) fez com que o prefeito e seus aliados acordasse para o tema após tantos anos de governo?

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Oferta, demanda e a falta de lógica

Diz Sardenberg:

Coloque-se na posição de um produtor de arroz no Rio Grande do Sul. Durante muitas safras você lutou com os preços baixos e sofreu a concorrência do arroz uruguaio, que entrava, via Mercosul, mais barato, dado o custo de produção menor (incluindo uma carga tributária menos punitiva). Você reclamou dessa situação e lhe disseram: “O que fazer? São as forças do mercado global…”

Aí, pelas forças do mercado, os preços sobem e ficam bons do ponto de vista do produtor. E agora, não pode? Vem o governo e ameaça com restrições à exportação e com o controle de preços internos.

Seria a mesma violação das regras do jogo que sofrem os produtores rurais argentinos. Exportadores de carne, por exemplo, fizeram um esforço danado para cumprir as regras sanitárias internacionais, livraram-se da febre aftosa e conseguiram colocar seu bife nos supermercados dos países ricos. Aí vem o governo Kirchner, proíbe as exportações e tabela os preços internos.

Continue lendo o texto (veja o link nos parágrafos). Difícil de entender?

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Os perigos do politicamente correto: a selva pré-Pizarro

Historiadores que fazem jus ao diploma sabem que a história não é esta lenda dos supostos especialistas e consultores de órgãos dedicados à construção de uma novilíngua na qual “social” é sinônimo de anjos e “individual” é o próprio tinhoso.

Por exemplo, uma mentira disseminada por supostos professores de História em colégios é a de que Pizarro chegou e – destacam sempre o catolicismo – arrasou com inocentes autóctones.

Nada mais longe da verdade.

Pizarro chegou e encontrou um império selvagem que massacrava seus vizinhos. Tudo bem que o massacrou, mas é bom lembrar que contou com a ajuda de todos os oprimidos da época. Em outras palavras, não existia nenhum bom selvagem aqui, exceto na mente amalucada (ou romântica, como queiram) do Rosseau e seus seguidores.

Ao final, sim, a colonização se deu com um banho de sangue mas, por outro lado, banhos deste tipo ocorrem em outros momentos da história (como no extermínio de ucranianos sob as bençãos socialistas) sem a mesma reação nervosa dos supostos atores sociais. Digo, supostos não porque até que atuam bem no palco…

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A pornografia rodou o mundo…

‘Obscenity, Empire and Global Networks’
Deana Heath

The expansion of the material networks in the British Empire in the second half of the nineteenth century, while facilitating the global conveyance of commodities ranging from tea to textiles and bayonets to bodies, also made possible the spread of books, magazines, and other print matter—including obscene publications. By the end of the nineteenth century the British Empire had thus come to serve as a vast network for the purveyance of obscene publications and other print matter, not simply between metropole and colonies but between colonies. This paper explores the role that national, imperial and global networks of traders played, on the one hand, in disseminating such print matter and the role of vigilance networks, on the other, in trying to put a stop to its distribution. It argues that, through transforming the regulation of obscenity into a project of imperial hygiene, the goal of such vigilance networks was to erect a ‘cordon sanitaire’ around the empire in order to protect it from becoming ‘corrupt’ and ‘degenerate.’

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Democracias menos liberais são também as mais falidas? – O caso da execução estatal de cidadãos

Eu sei que é polêmico, mas aí vai a lista dos países campeões na aplicação da pena de morte em 2007.

Registo de execuções

1. China – 470
2. Irão – 317
3. Arábia Saudita – 143
4. Paquistão – 135
5. EUA – 42
6. Iraque – 33
7. Vietname – 25
8. Iémen – 15
8. Afeganistão – 15
9. Líbia – 9
9. Japão – 9
10. Síria – 7
10. Sudão – 7

Registo de condenações à morte

1. China – 1860
2. Paquistão – 307
3. Argélia – 271
4. Iraque – 199
5. EUA – 100
5. Índia – 100
6. Bangladesh – 93
7. Vietname – 83
8. Mongólia – 45
9. Egipto – 40
10. R.D. Congo – 24

Em um contexto puramente positivo eu faria a pergunta de Gary S. Becker aqui: será que pena de morte diminui a criminalidade? É uma pergunta boa, mas não será agora que vou respondê-la.

Por outro lado, em nossa discussão sobre o não-liberalismo e o desempenho das sociedades, há algumas coisas que merecem observação.

Interessante, não? Pena que são apenas dez países em cada caso, o que tira um bocado da utilidade estatística destas correlações. Mas fica para a reflexão: será que o padrão existe? Países com mais liberdade econômica condenam e matam menos?

Mudando de assunto, aos mal-educados (e má-educadas) que normalmente pensam que blog é brinquedo, eis aqui um bom texto. Discussões sérias não podem ser interrompidas porque um(a) adolescente (mental ou fisicamente) pensa que ciência é ideologia. De vez em quando aparecem neste blog, mas logo, logo desaparecem. Não os chamaria de leitores deste blog, mas apenas mascates que aparecem aqui, tentam ganhar uns trocados e, ao serem rechaçados, saem por aí com algum “grito dos excluídos” e um discurso pronto para a venda no bazar midiático. Para eles, boa sorte. Para nós, só questões interessantes.