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Terrorismo e islamismo: o problema é a assimilação, não a integração (e nada é tão simples quanto tentam nos vender)

Quem imigra assimila ou é integrado? Vejamos:

To decrease the risk of homegrown radicalization, we should work to improve integration of Muslim immigrants, not further isolate them. This means welcoming Syrian refugees, not excluding them. It means redefining what it means to be American or German in a way that is inclusive and doesn’t represent only the majority culture. It means showing interest in and appreciation for other cultural and religious traditions, not fearing them.

Claro, como nenhuma religião é capaz de evitar que seus seguidores matem pessoas (o Brasil, país católico-protestante-etc é um bom exemplo disto), existe sempre um problema dinâmico de se reformar a religião quando a mesma, além de não evitar comportamentos violentos (não servindo de trava moral, para lembrar a ótima defesa de tese do Sandro, na última quarta-feira cujo link não encontrei, infelizmente), incentiva-os. Uma proposta razoável é que a mudança seja endógena, mensagem do apresentador deste vídeo.

Recentemente, um debate no Twitter sobre o tema resultou em uma discussão de surdos, com algumas ofensas desnecessárias da parte dos defensores de barreiras incondicionais à imigração islâmica mostrando, mais uma vez, o quão difícil é debater o tema.

Fato é que saber os determinantes do terrorismo não é uma tarefa trivial e se alguém acha que poderá fazê-lo, ceteris paribus, sem o uso de métodos científicos, este mesmo alguém, inconscientemente pode estar facilitando a ação de terroristas (dois exemplos de pesquisas na área estão aqui e aqui.

De qualquer forma o problema segue sendo desafiador, como explica o prof. LaFree aqui.

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Estratégias substitutas, complementares…faz diferença? O caso do terrorismo

Veja o caso do terrorismo, tal como neste working paper:

When modeling why some groups become highly lethal (which we define as having killed more than 100 civilians in terrorist attacks in any year or causing more than 100 battle deaths in any year), we find that: • VNSAs are more likely to kill many civilians in one year when they control territory and when governments use violence, or what we call a stick strategy, against them; • VNSAs are most likely to kill many civilians in one year when governments use a mixed strategy – that is, a combination of violence (stick) and negotiation (what we term a carrot strategy) as opposed to either stick or carrot alone; • VNSAs are most likely to inflict more than 100 battle deaths in one year when they control territory, are highly connected to other VNSAs, and are large (though there is a strong relationship between size and controlling territory); • VNSAs are less likely to inflict more than 100 battle deaths in one year when they have a formal political party. [p.1 (abstract)]

O trecho em negrito é por minha conta. VNSA diz respeito a Violent NonState Actors, ou seja grupos violentos não-estatais. Não entram na classificação – salvo engano – grupos como black blocs brasileiros, embora isto seja discutível. De qualquer forma, o estudo tem uma restrição na composição da amostra: apenas Norte da África e Oriente Médio (o período amostral é 1998-2012).

No caso, encontra-se (usando-se um modelo logit):

Turning first to the terrorism results, when a Stick strategy is used, the probability that a group is highly lethal increases to 7 percent (See Figure 1). This is a 106 percent increase in the probability or a 3.6 percentage point increase over baseline. When a Mixed strategy is used the probability that a group is highly lethal increases to 34 percent. This is a 900 percent increase in the probability or a 30.6 percentage point increase over baseline. [p.9]

Mas o que significam as estratégias carrot stick? Os autores do estudo fazem a codificação de sua base de dados com uma definição para as estratégias que os governos podem usar contra os VNSA:

1) Do nothing: Have no observed strategy; 2) Carrot: Negotiate, meet with, or make concessions to a VNSA; 3) Stick: Use violence, policing, military strikes or other kinetic actions; 4) Mixed: Use a combination of violence and negotiation (carrots and sticks) [p.5]

Não me lembro agora, mas creio que existem estudos similares em Economia do Crime, comparando a eficiência de diferentes tipos de estratégias no combate a diferentes tipos de crime. Caso alguém se lembre de alguma referência, bem, a caixa de comentários está aí para isso.

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O problema do terrorismo é a religião?

A imprensa está cheia de críticos que reclamam que qualquer um virou analista político sobre terrorismo. Correto. Só que os críticos, em sua grande maioria, também replicam este modelo (pode-se até pensar que são todos não-especialistas concorrendo por fama e dinheiro).

Um tema central, por exemplo, que gera polêmicas e polêmicas é a relação entre religião e terrorismo. Bem, eu não sou especialista, mas não vi ninguém por aí procurar artigos especializados para fundamentar suas opiniões. Assim, o que faço a seguir é apenas comentar as conclusões de um artigo que, se pode lhe parecer chato ou enfadonho, é porque não sou um cara treinado em traduzir textos científicos para o público.

Mesmo assim, achei que deveria tentar porque não aguento mais ler tantos textos na internet – sem qualquer menção a trabalhos científicos (eventualmente, menciona-se um ou outro livro que não tem nada de científico, mas muito de achismo) de gente que se vende como “especialista”. Encare isto como meus dois centavos sobre o assunto.

Como todo artigo científico, este também tem suas limitações. Vou apenas resumir e comentar o grosso das conclusões e o leitor pode tentar sua sorte lendo o artigo (o periódico científico é aberto, você só precisa ler inglês, nem precisa ter viajado pelo Ciência Sem Fronteiras ou sido monitor de Econometria para ler e entender o artigo…mas precisa saber o “básico do básico” de estatística…).

Vamos lá. Primeiramente, há algo de especial no islamismo que gere terrorismo?

(…), empirical work evaluating religious fundamentalism is clear in its implications that fundamentalist beliefs are related to racial prejudice (…), hostility toward value violating out-groups (…), support for violence against out-groups (…), and anti-Western sentiment (…). The data in this article suggest that followers of Islam do, on average, hold more fundamentalist beliefs than do believers from other religious groups. This increased fundamentalism may create more susceptibility to the calls for action from extremist Islamist clerics (…), helping to explain why religious terrorism is predominantly Islamist. This finding also implies that fundamentalist beliefs may be targeted by the religious elite to reduce susceptibility to calls to Jihad (…).

Ou seja, o fundamentalismo pode ser usado por pessoas extremistas para fins terroristas. Note os itálicos. O autor se pergunta: o envolvimento religioso tem algum efeito sobre ações violentas? A literatura, diz ele, é ambígua. O que ele encontrou?

(…) this article concentrated on the possibility of the enhanced coalitional commitment argument for a relationship between religious involvement (specifically religious service attendance) and parochial altruism (…). The data is inconsistent on whether Muslims engage in more frequent religious service attendance or are generally more involved with their religion than members of other religious groups.

Ou seja, não há nada muito conclusivo. O que ele tem de evidência, mas não muito robusta é que:

(…) the data presented on inter-group differences in religious commitment only weakly support the notion that Muslims are more committed to their religious beliefs than members of other religious groups. The limitations of the dataset prevent a stronger conclusion but do provide important preliminary support. Other data also suggest that religious commitment might be related to increased support for Sharia law in Muslims

Uma questão que lembra um pouco a discussão sobre “igrejas evangélicas mais diversificadas vs igrejas católicas mais homogêneas” é a que ele levanta sobre o Islã.

The final psychosocial religious factor explored was the relatively homogenized structure of Islam. While large-scale survey data does support the notion that Islam is more homogenized than other religious groups (i.e., membership in one predominant (Sunni) form of Islam; overwhelming acceptance of core beliefs), the direct effect of this homogenization is not clear. (…) homogenization of Islam may act to increase extremist beliefs and maintain high levels of fundamentalism in the Islamic community.

Este é um ponto que me faz pensar (irresponsavelmente, apenas, ok?): aparentemente, uma religião mais homogênea, em termos de imposição de valores básicos, seria mais favorável ao extremismo? A ser verdade aquela história que nos contaram na escola, sobre os protestantes terem ganho maior diversidade após a separação da igreja católica, o desejável – em termos de diminuição da violência – seria que estimulássemos maior diversidade religiosa?

Então, como vemos, as coisas são um pouco mais complicadas do que simplesmente dizer que “Islã = ódio” ou que “Islã = amor”, não é? Ao invés de brigar com as pessoas nas redes sociais, que tal você pesquisar um pouco, procurar dados (o governo brasileiro acabou de prender alguns elementos radicais, se tiver sido esperto, coletou dados) e trabalhar um pouco? Ah, e pergunte-se: o que a literatura especializada define como “extremismo”, “radicalismo” ou “terrorismo”?

Aí sim, a gente passa do achismo pop (aquele que ganha likes e seguidores nas redes sociais) para o menos conhecido, mas mais interessante caminho da pesquisa (que, neste caso, mais do que nunca, pode ajudar a salvar vidas).

[UPDATE]p.s. por que isto me interessa? Bem, porque acho desafiador entender as limitações (e quais seriam as necessárias extensões) de modelos econômicos na explicação do comportamento terrorista. Veja, por exemplo, esta resenha.

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Reputação de terroristas e recrutamento: o caso do ISIS

Artigo interessante, aqui. Eis um trecho do resumo:

We coded tactics used by VEOs such as ISIS to establish a strong brand reputation, and examined the relationship between branding strategies and markers of performance (e.g., recruitment and fundraising) using a sample of 60 historically notable VEOs spanning a variety of ideologies, cultures, and periods of peak performance. The primary contribution of studying such a diverse sample of VEOs is the identification of how branding strategies can predict recruitment of talented personnel, financial sources, and organizational capacity for violence. Two key findings discussed are (1) VEOs market and differentiate themselves via malevolently innovative attacks, and (2) even negatively-toned media coverage is related to their long-term fundraising viability.

Em outras palavras, o modelo de maximização de lucros de uma firma pode ser adaptado (embora os autores não apresentem um modelo algébrico explícito) para se estudar organizações terroristas. Veja como são as coisas: aquela crueldade toda de cortar cabeça de pessoas é uma estratégia efetiva no marketing deles. Além disso, como seria esperado neste tipo de negócio, propagandas negativas aumentam as receitas financeiras de grupos como o ISIS. Citando um trecho da conclusão:

The implications for understanding the relationship between financiers of terrorism and acts of terrorism are important; it may be that the psychological impact of attacks (e.g., the video-taped beheadings by ISIS created a global media buzz about the organization) sends a message to investors similar to the way pricing and product design send signals to investors in conventional organizations of firm viability and likely sustainability.

Ou seja, basicamente uma versão malvada do mecanismo de preços hayekiano.

O artigo não é tão profundo quanto eu gostaria na parte estatística, mas vale a leitura.

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Terroristas solitários: quais seriam os microfundamentos de suas ações?

Acho esta pergunta fascinante e acho este relatório um bom exemplo de como começar a entender o problema. Veja as conclusões da análise de dados:

•Lone actor terrorists, while representing a very small proportion (8%) of terrorists, have been responsible for one-fourth of the terrorism incidents in the United States.

•Lone actor terrorists are significantly better educated, more likely to be female, and less likely to be married than group participant terrorists.

•Lone actor terrorists engage in significantly fewer precursor activities than group participants.

•There is no difference in the length of the planning cycle for lone actor terrorists and group participants.

•Lone actor terrorists lived significantly farther from where they prepared for an incident and where the incident occurred than did group participants.

•Lone actor terrorists have a significantly longer “life cycle” than group participants.

Interessante, não? Nas fronteiras dos estudos sobre a racionalidade estão os terroristas solitários. Certamente um tema interessante para pesquisas. Repare que nem a sua vizinha casada escapa de suspeitas! ^_^

Por que será que mulheres casadas (norte-americanas) aparecem com tanta relevância nas ocorrências de terrorismo naquele país? Certamente um exemplo normativo que derruba a tese de que “mulheres são vítimas da sociedade e passivas”, mostrando que elas podem ser tão violentas quanto os homens.

Do lado positivo (lembre-se: refiro-me à dicotomia entre “positivo e normativo” da ciência, notadamente a econômica), minha curiosidade vai um pouco além: quais seriam os microfundamentos da ação dos terroristas? Por que será que terroristas individuais duram mais tempo? Claro, tem a ver com a dificuldade de se encontrar um sujeito ao invés de um grupo. Mas, o que será que leva, por exemplo, um sujeito a abandonar a idéia de entrar em um grupo para formar o seu próprio (sozinho)?

No caso das mulheres, caso eu não esteja enganado, há um nicho de mercado terrorista que é aquele de radicais que querem tratar animais de maneira mais humana do que seres humanos (afinal, praticam atos terroristas contra pessoas, não contra bodes, né?).

É, terrorismo, como campo de pesquisas, também é muito interessante e não tem como escapar do ferramental teórico: terroristas são racionais também. O problema, ou o conceito, que parece ser chave é o radicalismo que nem sempre leva a atos violentos. Veja, por exemplo, este relatório.

No Brasil, eu diria, há grupos que namoram com o terrorismo, já que não abandonam suas idéias radicais e violentas. Podem não chegar a ele, mas estão perto. Basta que o Estado os ignore (ou mesmo os suporte, para fins próprios) que chegaremos lá. Tomara que não, né?

Para mais economia do terrorismo, ver os artigos (sobre o tema, porque ele escreve sobre vários temas) de João R. Faria.

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Previsões e modelos de previsão

Minha previsão é a do CPTEC/INPE e ela me indica que não chove hoje. Pior para os burocratas reguladores (e, claro, dos ministérios, já que o ex-presidente dizia que o modelo regulador não era tão bom quanto as estatais…ah o Brasil de Raymundo Faoro…) do setor.

Mas, falando em previsões, eis aqui um curso que eu gostaria de assistir. Claro, a área de séries de tempo é cheia de modelos interessantes e, às vezes, algo obscuros (nada que um Yule-Walker não ajude a resolver).

p.s. Caso você seja um entusiasta de bases de dados, veja a diversidade que existe lá no START, sobre terrorismo no mundo.

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Turismo e Restaurantes

Falando em turismo (post anterior), o mesmo Euromonitor tem um vídeo sobre o tema. O que me deixa mais curioso nesta história de viagens turísticas é o turismo gastronômico. Talvez seja a hora de voltar a ler algo sobre comidas étnicas lá na página do Tyler Cowen. Aliás, eis algo a se pensar quando for comer fora.

Agora, cá para nós, viagem bacana – que ainda vou fazer – é visitar o Japão do norte ao sul, não apenas Toukyou (Tóquio). Além da comida japonesa, em si, deliciosa (para mim), eu gosto mesmo é de experimentar cervejas. Assim, começando lá em Hokkaidou (quem sabe, uma visita às cervejarias da Sapporo? Ou ao museu?) até Okinawa e sua cultura exótica (e sua cervejaria Orion) cuja propaganda gratuita está aí no alto.

Eu sei que vocês conhecem “saquê” como uma bebida alcóolica específica, um “vinho de arroz”. Originalmente, “saquê” é usado como uma palavra para qualquer bebida alcóolica, o que me remete a esta divertida música.

 

 

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Momento R do Dia

Em um dia tão triste com esta tentativa de massacrar inocentes em Boston, lembro ao leitor que há uma oportunidade de trabalho no START, lá nos EUA. Seria um momento R do dia normal, no qual eu chamaria a atenção para os requisitos básicos de pacotes econométricos que se usam, mas ficou um momento R do dia triste.

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Bin Laden já não tem o mesmo poder

Seus criminosos seguidores costumam ser bem tratados no Ocidente e, mesmo quando pregam absurdos, são relativamente bem tradados. Ponto para a democracia. Contudo, mesmo aqui, na “civilização ocidental” (esta para a qual os alemães orientais fugiram quando puderam, enquanto os intelectuais de esquerda alemães falavam de pessimismo e outros assuntos pouco ligados à realidade da vida sob o socialismo), as pessoas já começam a perder a paciência.

Claro que não estamos falando do Brasil. Aqui, como bem lembra a Prêmio Nobel da Paz iraniana, há um problema sério com a política de relações exteriores: o discurso não casa com a prática. Claro que se pode sempre falar de realpolitik, mas eis um trecho genial da entrevista da dita cuja:

Na prática, o que pode ser feito?

Me surpreende que o Brasil… (Ela faz uma pausa, depois, segue exaltada) Será que o povo brasileiro sabe o que o governo iraniano faz nas ruas ou às escondidas? Será que não se pergunta porque seu governo despreza as violações dos direitos humanos no Irã? Me entristeceu muito ver o presidente Lula reconhecer publicamente a vitória de Ahmadinejad para um segundo mandato tão rapidamente. Como pôde fazer isso? Como seu presidente pode se unir a um governo que tortura e mata seus estudantes e jovens, sua gente nas prisões, oponentes e minorias? Diga aos brasileiros que peçam ao presidente que não vá ao Irã ou convide Ahmadinejad ao Brasil. Lula não deveria fazer amizade com governos criminosos.

A sra. já falou ao presidente?

Não tenho autoridade para falar com Lula. Então, falo ao povo brasileiro.

Como parte do povo brasileiro, eu só posso concordar com a sra. Ebadi: é lamentável que a administração da Silva não aproveite o bom momento histórico para reafirmar seu compromisso com a democracia e com a liberdade. Bem, talvez a alta cúpula desta administração não goste muito destes valores e prefira seguir a massa de militantes (dos partidos….de esquerda, claro) que apóia enfaticamente regimes opressores (nem vou mais citar Cuba) e diga sandices em termos de economia.

Mas tal como a sra. Ebadi, eu também não falo com o atual ocupante da Granja do Torto. Falo apenas com meus dois ou três leitores, certo?

Mas veja que Bin Laden e os radicais islâmicos estão, gradativamente, tornando-se peças inócuas no tabuleiro da história. Não é a toa que façam tanto marketing pessoal com fitas de video, anúncios bombásticos sobre o Holocausto, etc. Quando a insignificância aperta, o grito fica mais alto.

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René Girard, o terrorismo e o comércio mundial

Este pequeno artigo – Artigues & Vinolo (2009) – apresenta um jogo interessante entre países no qual pode emergir uma espécie de terrorismo por conta das desigualdades econômicas em um mundo economicamente integrado. Chamou minha atenção o fato de que a teoria modelada é de René Girard, eventualmente citado textos do Pedro Sette Câmara.

Entretanto, algo que não fica claro no artigo é: o terrorismo é oficial ou não? O modelo usado é um jogo entre países, não entre agentes individuais ou minorias (grupos). Assim, talvez o resultado do modelo teórico é que o terrorismo oficial (aquele apoiado por governos) emerge em um ambiente globalizado economicamente no qual existem desigualdades (econômicas) significativas.

Posso estar enganado – li apenas uma vez o artigo – mas creio que estes são os principais resultados. Bacana mesmo é ver que o argumento de Girard pode ser pensado como uma interessante hipótese – inclusive testável.

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As duas caras

Although Brazil has no official list of terrorist groups and does not recognize the Revolutionary Armed Forces of Columbia (FARC) as a terrorist organization, President Luiz Inácio Lula da Silva has been critical of the FARC’s use of violence and has publicly called on the group to desist in the armed struggle against the Colombian government. President Lula also signaled a renewed commitment to cooperate with the Colombian government that could help curtail the FARC’s activities along Brazil‘s border. In July, Lula and Colombian President Alvaro Uribe signed bilateral accords to cooperate on combating the illicit trafficking of weapons and munitions; to enhance defense cooperation; and, together with Peru, to combat the trafficking of drugs, weapons, and munitions by increasing intelligence sharing and joint patrolling of border riverways.

Estar em cima do muro não é tucanice, é lulice. Ironias à parte, o relatório completo é uma boa fonte de estudos para os interessados na evolução do terrorismo no Brasil, no continente, e no mundo. 

O que enfraquece o poder de fogo do Brasil? A leniência com o terrorismo no campo e, claro, os interesses dos que lavam dinheiro. Aliás, em muitos casos, estes interesses coincidem…