2 comentários em “Teste do mercado

  1. Claudio, eu tenho um argumento parecido, mas em relação ao modelo anarco-capitalista de agências de segurança: se o mercado de justiça é tão eficiente, então por que nós vemos governos por todos os lados? A questão é logo rechaçada dizendo que políticas ineficientes podem durar ao longo do tempo, mas a aplicação de políticas eficientes deveria levar a eliminação de ineficiências, não é verdade?

    Então por que o governo continua a durar ao longo do tempo, por que estas agências de segurança não se desenvolvem e acabam com o governo?

    Nunca consegui desenvolver um diálogo em relação a esta questão, principalmente com a minha idéia de que o mercado de justiça é falho, e o governo é uma falha de mercado. Acho que a própria idéia de alguns de que o mercado nunca falha, ou é sempre eficiente, acaba impedindo que eles observem que o mercado falha vergonhosamente ao evitar que governos surjam e persistam.

    Mas já me alonguei demais neste comentário hehe

  2. Caro Claudio:

    Arrisco dizer que o motivo é o mesmo que faz a (horrorosa) música funk vender muito mais do que Mozart, por exemplo. Ou Paulo Coelho verder muito mais livros do que Dostoievsky, atualmente. O mercado não impõe gostos ou preferências, mas apenas procura satisfazê-los, ofertando aquilo que o consumidor demanda. Quem educa é a escola, não o mercado.

    Em sociedades mais educadas e evoluidas, Mozart e Beethoven vendem e tocam muito mais do que aqui, no Brasil. No mundo da economia, os modelos Marxista e Keynesiano são os mais populares (infinitamente mais populares do que o de Garrison), especialmente porque satisfazem plenamente os anseios e necessidades de quem os consome – os políticos e os burocratas. Nem por isso eles são os mais eficientes, muito pelo contrário.

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