Peter Boettke dá seu pitaco:
Tyler Cowen states he would give it for rent-seeking. I would be thrilled if they did, but every October I start hoping against hope that it will go for entrepreneurship and to Israel Kirzner and Bill Baumol.
Neither Tyler nor I are predicting those choices, just wishing for those choices.
Eu não sei se Baumol levaria o prêmio, mas acho que ele merece pelo que fez em Organização Industrial com os mercados contestáveis. O papo do empreendedorismo é bacana, mas não parece ter, ainda, gerado impacto significativo na literatura econômica.
Quem você acha que ganhará o Prêmio Nobel de Economia este ano?
Giacomo Balbinotto, ora bolas!!!
Acho que não leva o prêmio este ano, até como resultado do prêmio do ano passado, mas já está passando da hora: Thomas Sargent. Se ele ganhasse este ano, seria o segundo prêmio seguido para a macroeconomia. Logo, acho pouco provável que ganhe, apesar de muito merecido.
Outra possibilidade, já que estamos falando de prêmios merecidos mas ainda não distribuídos: David Romer, pelos trabalhos em teoria do crescimento.
Bom, por merecimento, e para desfazer a injustiça de 2005, Lloyd Shapley deveria estar entre os premidados (mas não vai levar tão cedo). Se a academia seguir a tendência deste ano de premiar pesquisas que resultaram em grandes aplicações práticas (cotidianas), aposto em algum economista “experimental”. Ah, mas toda descoberta da química, física e medicina acaba tendo aplicação prática. Nem sempre. Em alguns anos a premiação de física vai para pesquisadores de áreas como astrofísica.
A pergunta que não quer calar: a candidatura de Celso Furtado há alguns anos era a sério ou não? Não faltaram “acadêmicos” tupiniquins falando de sua importância para o pensamento econômico. Onde estão os furtadianos que nunca mais tocaram no assunto? Perderam a língua, a memória ou recuperaram algum bom senso?
Creio que desde longa data Sam Peltzman (Chicago) está a merecer o reconhecimento de sua excelente contribuição em campos da economia pública, como regulação, e processo político. Ademais, seu trabalho tem notável desdobramento empírico.
Jorge Vianna Monteiro